sábado, 1 de novembro de 2025

As Contribuições da Obra de Karl Marx e Friedrich Engels para a História Ambiental e para a Educação Ambiental Crítica

AUTOR: Dr. Bread Soares Estevam

RESUMO

O artigo examina a obra de Marx e Engels, focando na "ruptura metabólica" (metabolic rift). Argumenta que o materialismo histórico-dialético é um instrumental teórico robusto para a História Ambiental e a Educação Ambiental Crítica (EAC), pois demonstra que a crise ecológica é inerente ao modo de produção capitalista e que a luta pela emancipação humana é inseparável da luta pela superação da Injustiça Socioambiental.

1. INTRODUÇÃO: A REDESCOBERTA ECOLÓGICA DE MARX E ENGELS

  • Tese: A obra de Marx e Engels, contrariando o produtivismo, oferece um instrumental teórico-metodológico para a compreensão da crise ecológica como crise do capital.

  • Objetivo: Analisar as contribuições conceituais de Marx e Engels, com ênfase na ruptura metabólica, para a História Ambiental e a EAC.

2. MARX, ENGELS E A HISTÓRIA AMBIENTAL: A RUPTURA METABÓLICA

  • 2.1. O Metabolismo Universal e a Crítica ao Capital:

    • A relação ser humano-natureza é um metabolismo universal.

    • O capitalismo, através da busca por lucro e da apropriação privada, rompe esse metabolismo (ruptura metabólica), exemplificado pelo "roubo" de nutrientes do solo na agricultura.

  • 2.2. Engels e a Dialética da Natureza:

    • Engels alerta para as consequências não intencionais da ação humana, exigindo que a História Ambiental considere a agência da natureza.

3. MARX, ENGELS E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA: A SUPERAÇÃO DA INJUSTIÇA SOCIOAMBIENTAL

  • 3.1. A Crise Ecológica como Crise do Capital:

    • Para a EAC marxista, a crise ambiental é uma manifestação da contradição do capitalismo.

    • A Injustiça Socioambiental é a face visível da apropriação desigual e da externalização dos custos.

  • 3.2. A Práxis Educativa e a Transformação Social:

    • A EAC deve focar na práxis (unidade teoria-prática) para a transformação social.

    • Propõe uma educação que politize a natureza, busque a restauração do metabolismo e forme sujeitos revolucionários capazes de lutar pela superação do capitalismo.

  • Tabela 1: Síntese das contribuições conceituais (Ruptura Metabólica, Metabolismo Universal, Dialética da Natureza, Materialismo Histórico-Dialético) para a História Ambiental e a EAC.

4. CONCLUSÃO

  • O conceito de ruptura metabólica é a chave para entender a crise ecológica como crise do capital.

  • Marx e Engels fornecem a base para uma análise que integra a história da produção e a história da natureza.

  • A EAC utiliza o materialismo histórico-dialético para fundamentar uma prática educativa que visa a transformação radical e a Justiça Socioambiental.

  • A luta pela emancipação humana é inseparável da luta pela emancipação da natureza.

Acesse o texto completo no link a seguir: Texto Completo


*Mestre e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas) da Universidade Federal do Rio Grande; Especialista em Educação Ambiental; Licenciado em Pedagogia; Bacharel e Licenciado em História; Tecnólogo em Educação Social; Estudante do curso de Especialização Latu Sensu em Educação Especial e Inclusiva na Uninter | Historiador com registro profissional no Ministério da Economia; Pedagogo com inscrição no Conselho Federal de Educadores e Pedagogos; Pesquisador de temáticas transversais relacionadas à Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas).

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