terça-feira, 28 de outubro de 2025

Contribuições da Educação Ambiental Crítica para a Educação em Direitos Humanos na Educação Básica

AUTOR: Dr. Bread Soares Estevam

1. Introdução

Apresento o contexto e a relevância da discussão sobre a relação entre a Educação Ambiental Crítica (EAC) e a Educação em Direitos Humanos (EDH). O texto parte da constatação de que a crise ambiental e social contemporânea exige novas práticas educativas capazes de articular sustentabilidade, justiça social e emancipação humana. A escola é compreendida como espaço de resistência e transformação, e o objetivo central do estudo é analisar as contribuições da EAC para o fortalecimento da EDH na Educação Básica.

Palavras-chave: Educação Ambiental Crítica; Educação em Direitos Humanos; Educação Básica; Emancipação; Sustentabilidade; Justiça Ambiental.

2. Fundamentos Teóricos da Educação Ambiental Crítica

A Educação Ambiental Crítica é compreendida como um campo político e pedagógico que se opõe à visão conservadora e tecnicista da educação ambiental. Baseando-me em autores como Paulo Freire, Loureiro, Layrargues e Isabel Carvalho, defendo que a EAC busca compreender a crise ambiental em suas dimensões estruturais — econômicas, sociais e culturais — e propõe uma formação voltada à emancipação e à cidadania ecológica.

3. Educação em Direitos Humanos: Fundamentos e Perspectivas

A Educação em Direitos Humanos é tratada como um processo formativo contínuo voltado ao reconhecimento da dignidade humana, da equidade e da justiça social.

Segundo Candau, Tosi e Boaventura de Sousa Santos, a EDH é uma prática político-pedagógica que visa à consolidação de uma cultura de direitos, diálogo e solidariedade.

A convergência entre EDH e EAC se dá na perspectiva da formação crítica e transformadora dos sujeitos.

4. A Educação Básica como Espaço de Integração entre a Educação Ambiental e os Direitos Humanos

Nesta seção, apresento reflexões oriundas da prática docente, destacando que a Educação Básica constitui o espaço privilegiado para integrar a EAC e a EDH.

Defendo que práticas interdisciplinares voltadas à justiça ambiental, diversidade cultural e cidadania ativa contribuem para uma formação integral e emancipadora.

A interdisciplinaridade e o diálogo são fundamentais para que a escola cumpra sua função social e política.

5. Desafios e Possibilidades

Identifico os principais desafios: fragmentação curricular, insuficiência de políticas públicas integradas, resistência ideológica e carência de formação docente.

Por outro lado, aponto possibilidades como o desenvolvimento de projetos pedagógicos interdisciplinares, o incentivo à pesquisa e à extensão escolar, e a valorização de práticas pedagógicas críticas e participativas.

6. Considerações Finais

Concluo que a integração entre Educação Ambiental Crítica e Educação em Direitos Humanos contribui para o fortalecimento de uma educação emancipatória, democrática e sustentável.

Ambas compartilham princípios ético-políticos: emancipação, solidariedade, justiça social e sustentabilidade.

A escola, ao articular essas dimensões, se consolida como espaço de resistência, crítica e reconstrução de novas formas de convivência humana e ambiental.

Acesse o texto completo no link a seguir: Texto Completo


*Mestre e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas) da Universidade Federal do Rio Grande; Especialista em Educação Ambiental; Licenciado em Pedagogia; Bacharel e Licenciado em História; Tecnólogo em Educação Social; Estudante do curso de Especialização Latu Sensu em Educação Especial e Inclusiva na Uninter | Historiador com registro profissional no Ministério da Economia; Pedagogo com inscrição no Conselho Federal de Educadores e Pedagogos; Pesquisador de temáticas transversais relacionadas à Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas).



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