quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Contribuições do livro 'A globalização da natureza e a natureza da globalização' de Carlos Walter Porto-Gonçalves para a Educação Ambiental Crítica

AUTOR: Bread Soares Estevam

Resumo (Síntese da Proposta)

  • Objeto: Analisar as contribuições teóricas e conceituais do livro de Carlos Walter Porto-Gonçalves (2006) [1] para a Educação Ambiental Crítica (EAC).

  • Tese: A obra oferece um arcabouço fundamental para a radicalização crítica da EAC, desvendando a geograficidade do social e a colonialidade do saber na questão ambiental.

  • Conceitos Chave: Exploração de "globalização da natureza" (mercantilização pelo capital) e "natureza da globalização" (crise civilizatória e saberes outros).

  • Metodologia: Pesquisa bibliográfica qualitativa.

1. Introdução (Contextualização e Problematização)

  • A crise socioambiental exige categorias de análise que transcendam o ecológico/tecnicista.

  • A obra de Porto-Gonçalves é um manancial teórico para a EAC, inserida na Geografia Crítica e Ecologia Política Latino-Americana.

  • Questão Central: Quais são as principais contribuições conceituais e analíticas do livro para a radicalização e a práxis da EAC?

  • Objetivo: Analisar a relevância das categorias ("globalização da natureza", "natureza da globalização", "território-movimento") para uma EAC crítica, decolonial e engajada.

2. Referencial Teórico (Fundamentação Crítica)

  • 2.1. A Globalização da Natureza: Mercantilização e Instrumentalização:

    • Conceito: Natureza integrada à lógica da acumulação capitalista [1].

    • Implicação para a EAC: Desnaturalizar a degradação, mostrando-a como um processo histórico e político[3], e questionar a neutralidade da ciência.

  • 2.2. A Natureza da Globalização: Crise Civilizatória e Colonialidade:

    • Conceito: Expansão de uma racionalidade ocidental e colonial[4], que marginaliza saberes não-ocidentais.

    • Implicação para a EAC: Avanço para a Educação Ambiental Decolonial[6], promovendo o diálogo de saberes[8] e reconhecendo a luta ambiental como luta por território.

  • 2.3. Território-Movimento e a Geografia da Práxis:

    • Conceito: Espaços construídos pela ação e resistência dos grupos sociais [9], em oposição ao território geopolítico.

    • Implicação para a EAC: Resgate da dimensão política da educação (à luz de Freire [10]), transformando a EAC em uma Geografia da práxis[7].

3. Metodologia (Caminhos da Pesquisa)

  • Pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa e interpretativa.

  • Análise aprofundada do livro [1] e de artigos que dialogam com o autor, sob a lente da teoria crítica.

  • Foco na articulação das categorias de Porto-Gonçalves com a EAC Decolonial e os saberes tradicionais.

4. Análise e Discussão (Argumentos Centrais)

  • 4.1. Conflitos Ambientais como Conflitos Territoriais: A EAC deve analisar os conflitos ambientais como conflitos territoriais[9], identificando a tensão entre o território-zona (capital/Estado) e o território-movimento (comunidades/movimentos sociais).

  • 4.2. O Desafio da Educação Ambiental Decolonial: A crítica à colonialidade do saber[4] exige que a EAC:

    • Reconheça a pluralidade de naturezas.

    • Promova a escuta ativa dos saberes do Sul Global.

    • Transforme-se em uma pedagogia da resistência.

5. Conclusão (Síntese e Sugestões)

  • O livro é indispensável para a EAC, fornecendo categorias para a análise da crise socioambiental como mercantilização da natureza e expansão da colonialidade.

  • Contribuições:

  • 1) Distinção entre "globalização da natureza" e "natureza da globalização";

  • 2) Conflitos ambientais como conflitos territoriais;

  • 3) Subsídio para a EAC Decolonial e a Geografia da práxis.

  • Sugestão: Futuras pesquisas devem explorar a aplicação prática dessas categorias em projetos de EAC na Educação Básica e Superior.

Acesse o texto completo no link a seguir: Texto Completo


*Mestre e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas) da Universidade Federal do Rio Grande; Especialista em Educação Ambiental; Licenciado em Pedagogia; Bacharel e Licenciado em História; Tecnólogo em Educação Social; Estudante do curso de Especialização Latu Sensu em Educação Especial e Inclusiva na Uninter | Historiador com registro profissional no Ministério da Economia; Pedagogo com inscrição no Conselho Federal de Educadores e Pedagogos; Pesquisador de temáticas transversais relacionadas à Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas).

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