Autor: Bread Soares Estevam
Resumo
Problema Central: A Educação Financeira (EF) hegemônica, focada na gestão individual, é neoliberal e acrítica, ignorando as estruturas socioeconômicas que condicionam a classe trabalhadora.
Tese: A Educação Ambiental Crítica (EAC), fundamentada em Paulo Freire e Enrique Leff, oferece o arcabouço teórico para transformar a EF em uma ferramenta de emancipação e consciência de classe, promovendo a leitura crítica da realidade em vez da mera adaptação ao consumo.
Metodologia: Pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa e análise crítica-dialógica.
1. Introdução (Contextualização e Problematização)
A EF, impulsionada pela BNCC, corre o risco de ser instrumental e adaptativa, falhando em questionar a desigualdade social e a precarização do trabalho.
Questão Central: De que forma a EAC pode contribuir para uma compreensão emancipatória da EF dos filhos e filhas da classe trabalhadora?
Objetivo: Analisar as contribuições teórico-metodológicas da EAC para a construção de uma Educação Financeira Crítica (EFC).
2. Referencial Teórico (Fundamentação Crítica)
2.1. A EAC na Perspectiva Freireana: A EAC é um ato político[6] que, a partir da Pedagogia do Oprimido[4], propõe a problematização da realidade para a transformação. Permite desvelar as contradições entre a degradação ambiental e a exploração do trabalho.
2.2. A Racionalidade Ambiental de Enrique Leff e a Crítica ao Consumo: Leff propõe a Racionalidade Ambiental[8] como alternativa à lógica econômica. A EFC, sob essa ótica, questiona o consumismo e o impacto ético e ambiental do consumo[9], indo além da gestão do salário.
2.3. Educação Financeira e a Classe Trabalhadora: A EF para a classe trabalhadora deve ser sobre sobrevivência e resistência[10], e não sobre "investir". A EAC permite que o estudante compreenda sua condição financeira como um reflexo da sua estrutura de classes[7].
3. Metodologia (Caminhos da Pesquisa)
Pesquisa bibliográfica qualitativa, com levantamento de literatura sobre EAC (Freire/Leff), EF Crítica e a relação com a classe trabalhadora.
Análise Crítica e Dialógica para identificar contradições da EF hegemônica e potencialidades da EAC.
4. Análise e Discussão (Argumentos Centrais)
4.1. Desnaturalizando a Pobreza e o Endividamento: A EAC atua contra a culpabilização individual[3] da EF tradicional, oferecendo uma leitura histórica e sociológica da economia que revela a pobreza como resultado de estruturas sociais (Tabela comparativa entre abordagens).
4.2. O Consumo Crítico: A Interseção entre EAC e EF: A EAC transforma a EF em uma Educação para o Consumo Crítico, onde o ato de consumir é analisado pelo seu impacto socioambiental e pela conexão com a exploração do trabalho [7].
5. Conclusão (Síntese e Sugestões)
A EAC oferece as bases para uma EFC e emancipatória.
A EAC contribui ao:
1) Contextualizar a realidade financeira na estrutura de classes;
2) Promover o consumo crítico;
3) Instrumentalizar os estudantes para a consciência de classe.
Sugestão: Urge que educadores incorporem a EAC como eixo transversal para a EF. Sugestão de futuros estudos de caso e intervenções pedagógicas.
Acesse o texto completo no link a seguir: Texto Completo
*Mestre e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas) da Universidade Federal do Rio Grande; Especialista em Educação Ambiental; Licenciado em Pedagogia; Bacharel e Licenciado em História; Tecnólogo em Educação Social; Estudante do curso de Especialização Latu Sensu em Educação Especial e Inclusiva na Uninter | Historiador com registro profissional no Ministério da Economia; Pedagogo com inscrição no Conselho Federal de Educadores e Pedagogos; Pesquisador de temáticas transversais relacionadas à Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas).
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