terça-feira, 28 de outubro de 2025

Contribuições da Educação Ambiental Crítica na compreensão da Educação Digital através das Inteligências artificiais de ensino e pesquisa

Autor: Dr. Bread Soares Estevam

RESUMO

O artigo utiliza a Educação Ambiental Crítica (EAC) para analisar a Inteligência Artificial (IA) na Educação Digital. Argumenta-se que a IA não é neutra, manifestando contradições socioambientais como alto consumo energético e reprodução de vieses. A EAC oferece a lente para politizar a tecnologia, desvelando a Injustiça Socioambiental e a Injustiça Digital e Ecológica, e propõe uma reflexão ética para a emancipação.

1. INTRODUÇÃO: A DUPLA FACE DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

  • A Promessa: A IA é vista como a fronteira da Educação Digital (personalização, otimização).

  • A Contradição: Essa narrativa esconde os custos ecológicos (consumo de energia, lixo eletrônico) e sociais (vieses algorítmicos, desigualdade) da IA.

  • O Papel da EAC: A EAC, baseada na Ecologia Política, é o referencial indispensável para compreender a crise tecnológica como parte da crise civilizatória.

2. A EAC COMO LENTE CRÍTICA DA TECNOLOGIA E DA EDUCAÇÃO DIGITAL

  • 2.1. Da Exclusão Escolar à Injustiça Digital e Ecológica:

    • A EAC desnaturaliza a tecnologia, mostrando que a IA pode gerar Injustiça Digital (exclusão por infraestrutura e Racismo Algorítmico) e Injustiça Ecológica (custo ambiental externalizado para populações vulneráveis).

    • A EAC exige a reflexão sobre "quem ganha e quem perde" e "quem paga a conta" ecológica da IA.

  • 2.2. O Custo Oculto da IA: Consumo Energético e Mineração:

    • A IA é material: data centers consomem massiva energia e água, contribuindo para a crise climática.

    • A EAC revela a distopia ambiental ao analisar o ciclo de vida da tecnologia, da mineração ao descarte.

    • Tabela 1: Contraste entre a Promessa da IA (Eficiência, Acessibilidade) e a Leitura Crítica da EAC (Custo Ecológico, Exclusão Digital).

3. IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO E A PESQUISA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

  • 3.1. Ensino: A Pedagogia da Desnaturalização Tecnológica:

    • Proposta de uma pedagogia que inclua a Ecologia da IA no currículo.

    • Necessidade de promover a Cidadania Algorítmica e a leitura crítica dos vieses.

    • Uso da IA para fortalecer Tecnologias Sociais (TS), como a Busca Ativa Escolar (BAE), em prol da Justiça Socioambiental.

  • 3.2. Pesquisa: A Ética Socioambiental na Produção do Conhecimento:

    • Exigência de Avaliação de Impacto ecológico das ferramentas de IA usadas em pesquisa.

    • Questionamento da Soberania de Dados e da dependência tecnológica.

    • Promoção da Interdisciplinaridade Crítica entre EAC, Ciência da Computação e Ética.

4. CONCLUSÃO

  • A IA é um desafio e uma oportunidade. O desafio é desvelar a distopia e a injustiça; a oportunidade é politizar a tecnologia.

  • A contribuição da EAC é fundamental para garantir que a tecnologia digital seja um meio para a emancipação humana e ecológica, e não um novo vetor de exclusão e degradação.

  • A luta pela sustentabilidade, na era da IA, exige uma Educação Digital Crítica e Ambientalmente Consciente.

Acesse o texto completo no link a seguir: Texto Completo


*Mestre e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas) da Universidade Federal do Rio Grande; Especialista em Educação Ambiental; Licenciado em Pedagogia; Bacharel e Licenciado em História; Tecnólogo em Educação Social; Estudante do curso de Especialização Latu Sensu em Educação Especial e Inclusiva na Uninter | Historiador com registro profissional no Ministério da Economia; Pedagogo com inscrição no Conselho Federal de Educadores e Pedagogos; Pesquisador de temáticas transversais relacionadas à Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas).

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