Autor: Dr. Bread Soares Estevam
Resumo
Objetivo: Propor abordagem didático-pedagógica para o ensino de Roma Antiga (6º ano) sob a ótica da Educação Ambiental Crítica (EAC).
Tese Central: EAC instrumentaliza o professor para analisar criticamente as relações socioambientais na Roma Antiga.
Foco da Análise: Exploração do trabalho escravo, expansão territorial predatória e degradação ambiental como manifestações históricas da apropriação desigual de recursos e riscos.
Conclusão: Análise fundamental para a compreensão da gênese da Crise Civilizatória contemporânea.
Introdução
Contexto: Estudo de Roma Antiga no 6º ano do Ensino Fundamental.
Crítica à Abordagem Tradicional: Narrativa laudatória e eurocêntrica que silencia as contradições e a exploração.
Proposta da EAC: Oferece perspectiva para desvelar as contradições, entendendo a crise ambiental como sintoma da Crise Civilizatória com raízes históricas.
Objetivo do Artigo: Fornecer referencial teórico-metodológico para a desnaturalização da exploração e a politização das relações socioambientais no passado.
1. A Crise Civilizatória em Perspectiva Histórica: O Caso Romano
Tese: Roma como exemplo clássico de sociedade que atingiu a grandiosidade por meio de exploração intensa e insustentável.
1.1. A Expansão e a Ecologia Política da Conquista:
Expansão como manifestação de uma Ecologia Política da conquista.
Conquista como processo de transferência de ônus e benefícios ambientais (exploração de solos, desmatamento, mineração predatória).
Análise da dinâmica de centro-periferia na apropriação de recursos, conectando a exploração romana à lógica colonial contemporânea.
1.2. O Trabalho Escravo e a Injustiça Socioambiental:
Trabalho escravo (latifundia) como motor da economia e base da Injustiça Ambiental [3].
Tabela de Análise: Integração da exploração do trabalho (vida sofrida e curta) com a degradação ambiental (monocultura, uso predatório do solo).
Conclusão: Exploração humana e degradação ambiental são faces da mesma lógica de apropriação desigual.
2. Contribuições Pedagógicas da EAC no Ensino de História (Sexto Ano)
2.1. Desnaturalização da Exploração e Conexão com o Presente:
Uso da organização social romana para desnaturalizar a escravidão e a desigualdade.
Incentivo ao aluno para questionar as estruturas de poder.
Ponte com o presente: Identificação de formas contemporâneas de exploração (trabalho análogo à escravidão) e apropriação desigual de recursos naturais.
2.2. Educação para a Cidadania Socioambiental:
EAC enfatiza participação, cidadania e democracia [2].
Estudo da República Romana para discutir os limites da democracia republicana na Antiguidade (exclusão de plebeus, mulheres e escravizados).
Objetivo: Formar sujeitos capazes de intervir na realidade, exigindo que a concepção de “res publica romana” se torne uma "coisa comum" (res communis) no presente, pautada pela equidade e sustentabilidade.
Conclusão
EAC oferece contribuição inestimável para o ensino de História do Ocidente Clássico.
Permite ao professor:
Politizar o Conteúdo: Desvendando as raízes históricas da crise civilizatória.
Formar o Sujeito Crítico: Promovendo a cidadania socioambiental.
A EAC cumpre seu papel de formar cidadãos capazes de atuar na transformação social, exigindo uma nova ética civilizatória.
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*Mestre e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas) da Universidade Federal do Rio Grande; Especialista em Educação Ambiental; Licenciado em Pedagogia; Bacharel e Licenciado em História; Tecnólogo em Educação Social; Estudante do curso de Especialização Latu Sensu em Educação Especial e Inclusiva na Uninter | Historiador com registro profissional no Ministério da Economia; Pedagogo com inscrição no Conselho Federal de Educadores e Pedagogos; Pesquisador de temáticas transversais relacionadas à Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas).
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