Autor: Dr. Bread Soares Estevam
RESUMO (Argumento Central)
O artigo analisa as contribuições da Geografia Crítica de Milton Santos para a Educação Ambiental Crítica (EAC). Argumenta que conceitos como Espaço como Totalidade, Rugosidade e a crítica à Globalização Perversa fornecem o instrumental teórico para a EAC desvelar a crise socioambiental como uma manifestação da Injustiça Socioespacial. A obra de Santos é essencial para a construção de uma prática pedagógica que promova a consciência do lugar e a luta por "Uma Outra Globalização" justa e sustentável.
1. INTRODUÇÃO: A GEOGRAFIA CRÍTICA E A QUESTÃO AMBIENTAL
Tese: Os conceitos de Milton Santos são ferramentas poderosas para a EAC, pois a crise ambiental e a exclusão social são produtos da produção desigual do espaço sob a lógica capitalista.
Foco: Articulação entre a crítica geográfica de Santos (especialmente "A Natureza do Espaço" e "Por uma Outra Globalização") e a Injustiça Socioambiental.
2. O ESPAÇO COMO TOTALIDADE E A NATUREZA DO ESPAÇO NA EAC
2.1. Sistemas de Objetos e Sistemas de Ações: A Materialidade da Crise:
O espaço é um conjunto indissociável de objetos e ações.
A EAC utiliza isso para desvelar a artificialização da natureza pela técnica e politizar as ações orientadas pela lógica da acumulação.
2.2. O Conceito de Rugosidade e a História Ambiental:
Rugosidade (marcas do passado no presente) contribui para a História Ambiental na EAC.
Permite analisar como estruturas antigas (ex: latifúndio) moldam a Injustiça Socioambiental contemporânea.
3. A CRÍTICA À GLOBALIZAÇÃO PERVERSA E A LUTA PELA JUSTIÇA SOCIOAMBIENTAL
3.1. A Globalização Perversa e a Injustiça Socioespacial:
Santos critica a globalização hegemônica por ser perversa, excludente e desigual.
A EAC utiliza essa crítica para analisar os fluxos de capital e contextualizar a pobreza e a degradação ambiental como faces da mesma lógica de acumulação.
3.2. Por uma Outra Globalização e a Práxis da EAC:
A proposta de "Uma Outra Globalização" é o horizonte utópico da EAC.
A EAC deve valorizar o "País de Baixo" (resistência local) e promover a Cidadania Ativa (práxis) na luta pela Justiça Socioambiental e Socioespacial.
4. CONCLUSÃO
A obra de Milton Santos é um manancial teórico-metodológico para a EAC.
Sua contribuição é fornecer a dimensão geográfica e a crítica estrutural para que a EAC promova a consciência do lugar e a formação de sujeitos capazes de lutar por um futuro justo e sustentável.
Acesse o texto completo no link a seguir: Texto Completo
*Mestre e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas) da Universidade Federal do Rio Grande; Especialista em Educação Ambiental; Licenciado em Pedagogia; Bacharel e Licenciado em História; Tecnólogo em Educação Social; Estudante do curso de Especialização Latu Sensu em Educação Especial e Inclusiva na Uninter | Historiador com registro profissional no Ministério da Economia; Pedagogo com inscrição no Conselho Federal de Educadores e Pedagogos; Pesquisador de temáticas transversais relacionadas à Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas).
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