sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Contribuições da Obra de Milton Santos para a Educação Ambiental Crítica

Autor: Dr. Bread Soares Estevam

RESUMO (Argumento Central)

O artigo analisa as contribuições da Geografia Crítica de Milton Santos para a Educação Ambiental Crítica (EAC). Argumenta que conceitos como Espaço como Totalidade, Rugosidade e a crítica à Globalização Perversa fornecem o instrumental teórico para a EAC desvelar a crise socioambiental como uma manifestação da Injustiça Socioespacial. A obra de Santos é essencial para a construção de uma prática pedagógica que promova a consciência do lugar e a luta por "Uma Outra Globalização" justa e sustentável.

1. INTRODUÇÃO: A GEOGRAFIA CRÍTICA E A QUESTÃO AMBIENTAL

  • Tese: Os conceitos de Milton Santos são ferramentas poderosas para a EAC, pois a crise ambiental e a exclusão social são produtos da produção desigual do espaço sob a lógica capitalista.

  • Foco: Articulação entre a crítica geográfica de Santos (especialmente "A Natureza do Espaço" e "Por uma Outra Globalização") e a Injustiça Socioambiental.

2. O ESPAÇO COMO TOTALIDADE E A NATUREZA DO ESPAÇO NA EAC

  • 2.1. Sistemas de Objetos e Sistemas de Ações: A Materialidade da Crise:

    • O espaço é um conjunto indissociável de objetos e ações.

    • A EAC utiliza isso para desvelar a artificialização da natureza pela técnica e politizar as ações orientadas pela lógica da acumulação.

  • 2.2. O Conceito de Rugosidade e a História Ambiental:

    • Rugosidade (marcas do passado no presente) contribui para a História Ambiental na EAC.

    • Permite analisar como estruturas antigas (ex: latifúndio) moldam a Injustiça Socioambiental contemporânea.

3. A CRÍTICA À GLOBALIZAÇÃO PERVERSA E A LUTA PELA JUSTIÇA SOCIOAMBIENTAL

  • 3.1. A Globalização Perversa e a Injustiça Socioespacial:

    • Santos critica a globalização hegemônica por ser perversa, excludente e desigual.

    • A EAC utiliza essa crítica para analisar os fluxos de capital e contextualizar a pobreza e a degradação ambiental como faces da mesma lógica de acumulação.

  • 3.2. Por uma Outra Globalização e a Práxis da EAC:

    • A proposta de "Uma Outra Globalização" é o horizonte utópico da EAC.

    • A EAC deve valorizar o "País de Baixo" (resistência local) e promover a Cidadania Ativa (práxis) na luta pela Justiça Socioambiental e Socioespacial.

4. CONCLUSÃO

  • A obra de Milton Santos é um manancial teórico-metodológico para a EAC.

  • Sua contribuição é fornecer a dimensão geográfica e a crítica estrutural para que a EAC promova a consciência do lugar e a formação de sujeitos capazes de lutar por um futuro justo e sustentável.

Acesse o texto completo no link a seguir: Texto Completo


*Mestre e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas) da Universidade Federal do Rio Grande; Especialista em Educação Ambiental; Licenciado em Pedagogia; Bacharel e Licenciado em História; Tecnólogo em Educação Social; Estudante do curso de Especialização Latu Sensu em Educação Especial e Inclusiva na Uninter | Historiador com registro profissional no Ministério da Economia; Pedagogo com inscrição no Conselho Federal de Educadores e Pedagogos; Pesquisador de temáticas transversais relacionadas à Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas).

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