Autor: Dr. Bread Soares Estevam
RESUMO (Argumento Central)
O artigo utiliza a Educação Ambiental Crítica (EAC) para analisar o Novo Ensino Médio (NEM), a BNCC e o Referencial Curricular Gaúcho (RCG). Argumenta que o NEM instrumentaliza a Educação Ambiental, alinhando-a à lógica do mercado. Por outro lado, a EAC oferece o instrumental teórico-metodológico para a crítica curricular, propondo a politização do currículo, a práxis e a luta pela Justiça Socioambiental como caminhos para uma formação emancipatória.
1. INTRODUÇÃO: A REFORMA CURRICULAR E A QUESTÃO AMBIENTAL
Contexto: NEM (Lei nº 13.415/2017) e a flexibilização curricular (BNCC e Itinerários Formativos).
Crítica Inicial: Risco de a EA ser tratada de forma pragmática e instrumental, focada em soluções técnicas pontuais, sem questionar a estrutura.
Tese: A EAC é a lente teórica para a crítica, entendendo a crise ambiental como crise estrutural e inseparável das relações de poder.
2. A EAC E A CRÍTICA CURRICULAR DO NOVO ENSINO MÉDIO
2.1. A Fragmentação Curricular e o Risco da Instrumentalização da EA:
A estrutura do NEM aprofunda a fragmentação curricular, diluindo a EA.
A EAC critica a redução da EA à sustentabilidade empresarial, desviando o foco da crítica à estrutura.
2.2. Análise da BNCC e do RCG sob a Ótica da EAC:
BNCC: Ênfase em competências e habilidades alinhadas à lógica neoliberal, valorizando o discurso técnico-científico em detrimento da crítica social.
RCG: Oportunidade de contextualização (agronegócio, monocultura) que a EAC exige que seja feita de forma crítica, expondo a Injustiça Socioambiental.
Proposta da EAC: O currículo deve ser um espaço de politização, tratando a questão ambiental como um conflito de interesses.
3. CONTRIBUIÇÕES DA EAC PARA UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA EMANCIPATÓRIA NO NEM
3.1. A Práxis e a Superação da Fragmentação:
Uso da práxis (teoria + prática) como metodologia central.
Desenvolvimento de Projetos Interdisciplinares Críticos e Pesquisa-Ação nos Itinerários Formativos.
3.2. A Formação para a Justiça Socioambiental:
A EAC foca na Justiça Socioambiental, desvelando os conflitos (quem se beneficia e quem é prejudicado).
Valorização das Tecnologias Sociais Sustentáveis (TSS) como alternativas concretas ao modelo hegemônico.
4. CONCLUSÃO
A EAC oferece o instrumental para a compreensão e a crítica do NEM.
A contribuição da EAC é transformar o espaço curricular em um campo de disputa, onde a politização do currículo e a luta pela Justiça Socioambiental se sobreponham à formação para o mercado.
Acesse o texto completo no link a seguir: Texto Completo
*Mestre e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas) da Universidade Federal do Rio Grande; Especialista em Educação Ambiental; Licenciado em Pedagogia; Bacharel e Licenciado em História; Tecnólogo em Educação Social; Estudante do curso de Especialização Latu Sensu em Educação Especial e Inclusiva na Uninter | Historiador com registro profissional no Ministério da Economia; Pedagogo com inscrição no Conselho Federal de Educadores e Pedagogos; Pesquisador de temáticas transversais relacionadas à Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas).
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