sábado, 25 de outubro de 2025

Contribuições do livro A Cruel Pedagogia do Vírus, de Boaventura de Sousa Santos, para a Educação Ambiental Crítica

AUTOR: Dr. Bread Soares Estevam*

Resumo

O artigo analisa as ideias centrais da obra A Cruel Pedagogia do Vírus (2020) e suas implicações para a Educação Ambiental Crítica (EAC). A partir das “lições do vírus”, o autor destaca a necessidade de uma pedagogia ecológica voltada à justiça ambiental, social e cognitiva. Baseado em pesquisa bibliográfica e qualitativa, o estudo dialoga com Freire, Leff e Capra, concluindo que a pandemia revelou a urgência de uma ética planetária de cuidado e solidariedade.

1. Introdução

  • Contextualiza a pandemia da COVID-19 como evento que desnudou a crise civilizatória e ecológica.

  • Apresenta o livro de Boaventura de Sousa Santos como reflexão sobre o caráter pedagógico da crise.

  • Define o objetivo: analisar as contribuições da obra para a Educação Ambiental Crítica como prática emancipatória inspirada em Freire e Leff.

2. Fundamentação Teórica

2.1 A pedagogia do vírus e a crise civilizatória

  • O vírus é entendido como metáfora de um modelo de sociedade em colapso.

  • Boaventura identifica uma “catástrofe ecológica” causada pelo capitalismo e pelo racionalismo moderno.

  • Convergência com Leff: crítica ao economicismo e à exploração da natureza.

2.2 A ecologia dos saberes e a educação ambiental crítica

  • Boaventura propõe a “ecologia dos saberes” como alternativa à monocultura científica.

  • A EAC partilha da mesma visão integradora de saberes (científicos, populares, indígenas).

  • Enfatiza a descolonização do pensamento ambiental e a valorização dos saberes tradicionais.

2.3 A solidariedade e o cuidado como fundamentos ético-políticos

  • A pandemia evidencia o paradoxo entre isolamento e interdependência.

  • Defende uma ética do cuidado e da solidariedade planetária (Morin, 2000).

  • A EAC deve promover empatia e responsabilidade coletiva.

3. Metodologia

  • Pesquisa qualitativa e bibliográfica.

  • Fonte principal: A Cruel Pedagogia do Vírus (Santos, 2020).

  • Categorias de análise: crise civilizatória, ecologia dos saberes, solidariedade planetária e pedagogia da crise.

4. Discussão – Lições do vírus para a EAC

  • Seis “lições do vírus” destacadas:

    1. Repensar o capitalismo.

    2. Reconhecer a interdependência entre humanos e natureza.

    3. Valorizar Estado e comunidade como protetores da vida.

  • Implicações pedagógicas: crítica ao antropocentrismo e incentivo a um novo pacto civilizatório.

  • A EAC deve adotar essas lições para promover justiça socioambiental e diálogo intercultural.

5. Conclusão

  • A Cruel Pedagogia do Vírus oferece bases teóricas para fortalecer a EAC.

  • A pandemia desmascarou a falência do neoliberalismo e reforçou a necessidade de uma ecologia política dos saberes.

  • Inspirada por Freire, Leff e Capra, a pedagogia do vírus é vista como uma oportunidade para transformação ética, ecológica e civilizatória.


Acesse o texto completo no link a seguir: Texto Completo

*Mestre e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas) da Universidade Federal do Rio Grande; Especialista em Educação Ambiental; Licenciado em Pedagogia; Bacharel e Licenciado em História; Tecnólogo em Educação Social; Estudante do curso de Especialização Latu Sensu em Educação Especial e Inclusiva na Uninter | Historiador com registro profissional no Ministério da Economia; Pedagogo com inscrição no Conselho Federal de Educadores e Pedagogos; Pesquisador de temáticas transversais relacionadas à Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas)

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