AUTOR: Dr. Bread Soares Estevam*
Resumo
O artigo analisa as ideias centrais da obra A Cruel Pedagogia do Vírus (2020) e suas implicações para a Educação Ambiental Crítica (EAC). A partir das “lições do vírus”, o autor destaca a necessidade de uma pedagogia ecológica voltada à justiça ambiental, social e cognitiva. Baseado em pesquisa bibliográfica e qualitativa, o estudo dialoga com Freire, Leff e Capra, concluindo que a pandemia revelou a urgência de uma ética planetária de cuidado e solidariedade.
1. Introdução
Contextualiza a pandemia da COVID-19 como evento que desnudou a crise civilizatória e ecológica.
Apresenta o livro de Boaventura de Sousa Santos como reflexão sobre o caráter pedagógico da crise.
Define o objetivo: analisar as contribuições da obra para a Educação Ambiental Crítica como prática emancipatória inspirada em Freire e Leff.
2. Fundamentação Teórica
2.1 A pedagogia do vírus e a crise civilizatória
O vírus é entendido como metáfora de um modelo de sociedade em colapso.
Boaventura identifica uma “catástrofe ecológica” causada pelo capitalismo e pelo racionalismo moderno.
Convergência com Leff: crítica ao economicismo e à exploração da natureza.
2.2 A ecologia dos saberes e a educação ambiental crítica
Boaventura propõe a “ecologia dos saberes” como alternativa à monocultura científica.
A EAC partilha da mesma visão integradora de saberes (científicos, populares, indígenas).
Enfatiza a descolonização do pensamento ambiental e a valorização dos saberes tradicionais.
2.3 A solidariedade e o cuidado como fundamentos ético-políticos
A pandemia evidencia o paradoxo entre isolamento e interdependência.
Defende uma ética do cuidado e da solidariedade planetária (Morin, 2000).
A EAC deve promover empatia e responsabilidade coletiva.
3. Metodologia
Pesquisa qualitativa e bibliográfica.
Fonte principal: A Cruel Pedagogia do Vírus (Santos, 2020).
Categorias de análise: crise civilizatória, ecologia dos saberes, solidariedade planetária e pedagogia da crise.
4. Discussão – Lições do vírus para a EAC
Seis “lições do vírus” destacadas:
Repensar o capitalismo.
Reconhecer a interdependência entre humanos e natureza.
Valorizar Estado e comunidade como protetores da vida.
Implicações pedagógicas: crítica ao antropocentrismo e incentivo a um novo pacto civilizatório.
A EAC deve adotar essas lições para promover justiça socioambiental e diálogo intercultural.
5. Conclusão
A Cruel Pedagogia do Vírus oferece bases teóricas para fortalecer a EAC.
A pandemia desmascarou a falência do neoliberalismo e reforçou a necessidade de uma ecologia política dos saberes.
Inspirada por Freire, Leff e Capra, a pedagogia do vírus é vista como uma oportunidade para transformação ética, ecológica e civilizatória.
Acesse o texto completo no link a seguir: Texto Completo
*Mestre e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas) da Universidade Federal do Rio Grande; Especialista em Educação Ambiental; Licenciado em Pedagogia; Bacharel e Licenciado em História; Tecnólogo em Educação Social; Estudante do curso de Especialização Latu Sensu em Educação Especial e Inclusiva na Uninter | Historiador com registro profissional no Ministério da Economia; Pedagogo com inscrição no Conselho Federal de Educadores e Pedagogos; Pesquisador de temáticas transversais relacionadas à Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas)
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