quarta-feira, 15 de outubro de 2025

As Dimensões Geo-Históricas da Educação sob a Perspectiva da Educação Ambiental Crítica

AUTOR: Dr. Bread Soares Estevam*

RESUMO

  • Exploração das dimensões geo-históricas da educação, analisando a inter-relação entre espaço, tempo, sociedade e natureza.

  • Análise sob a ótica da Educação Ambiental Crítica (EAC), que desvela as raízes históricas e geográficas dos problemas socioambientais.

  • Abordagem dos principais conceitos e autores da EAC (Paulo Freire, Enrique Leff, Carlos Frederico B. Loureiro, Mauro Guimarães) e suas contribuições para a compreensão dessas dimensões.

  • Argumento central: a educação, para ser transformadora, deve reconhecer e integrar as construções geo-históricas que moldam as relações humanas com o ambiente, capacitando os indivíduos a atuarem na construção de futuros mais justos e sustentáveis.

PALAVRAS-CHAVE

Educação Ambiental Crítica; dimensões geo-históricas; espaço-tempo; território; história da educação; sustentabilidade; transformação social.

1. INTRODUÇÃO

  • A educação como processo dinâmico, historicamente situado e geograficamente contextualizado.

  • A indissociabilidade das dimensões sociais, ambientais, históricas e geográficas na formação humana.

  • O cenário de crises socioambientais como resultado de processos geo-históricos de exploração e desigualdade.

  • A Educação Ambiental Crítica (EAC) como ferramenta para analisar as raízes profundas (históricas e espaciais) dos problemas ambientais.

  • Objetivo do artigo: analisar as dimensões geo-históricas da educação a partir da EAC, revisitando conceitos e autores fundamentais.

  • Relevância de compreender como o espaço e o tempo são construídos socialmente e influenciam as práticas educativas e as relações socioambientais.

2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA E AS DIMENSÕES GEO-HISTÓRICAS

  • A EAC como abordagem que transcende o presente e o local imediato, buscando as origens e a evolução dos problemas ambientais e sociais.

  • A importância de contextualizar as questões ambientais em suas formações históricas e suas manifestações espaciais (território).

2.1. Paulo Freire: História, Cultura e Libertação no Território

  • A Pedagogia do Oprimido [1] e a valorização da história e da cultura dos sujeitos.

  • A leitura do mundo antes da leitura da palavra: a importância do contexto geo-histórico e do território vivido pelos educandos.

  • A conscientização como processo de desvelamento das relações de poder historicamente construídas no espaço.

  • A educação como prática da liberdade, que reconhece e atua sobre as opressões históricas e espaciais.

2.2. Enrique Leff: A Crise Civilizatória e a Reconstrução do Saber no Espaço-Tempo

  • A epistemologia ambiental [2] e a crítica à racionalidade ocidental que fragmenta o conhecimento e desconsidera a história e a complexidade dos ecossistemas.

  • A crise ambiental como crise de civilização, com raízes históricas profundas na modernidade e na expansão do capitalismo.

  • A necessidade de uma nova racionalidade ambiental que integre os saberes locais e tradicionais, historicamente construídos em territórios específicos.

  • A transdisciplinaridade como caminho para superar a fragmentação do conhecimento e reconstruir a relação com a natureza em uma perspectiva geo-histórica.

2.3. Carlos Frederico B. Loureiro: Sustentabilidade, Conflitos e Território Histórico

  • A questão da sustentabilidade [3] como um projeto ético-político que exige a compreensão das desigualdades sociais e ambientais historicamente produzidas e espacialmente distribuídas.

  • Análise dos conflitos socioambientais como manifestações de disputas por território e recursos, com raízes históricas na colonização e na exploração.

  • A democratização do poder e a construção de novas relações com a natureza que respeitem as especificidades geo-históricas dos povos e seus territórios.

  • A EAC como promotora de uma educação que reconhece a historicidade das relações sociedade-natureza e a territorialidade dos problemas e soluções.

2.4. Mauro Guimarães: A Dimensão Ambiental e a Construção Histórica do Sujeito

  • A dimensão ambiental na educação [4] como um processo que integra a formação do sujeito em sua totalidade, considerando sua inserção histórica e geográfica.

  • A importância de uma educação que permita aos indivíduos compreenderem como suas vidas e seus ambientes são produtos de processos históricos e geográficos.

  • A formação de sujeitos críticos e transformadores que atuem sobre as realidades socioambientais, reconhecendo a historicidade e a espacialidade das problemáticas.

  • A EAC como promotora de uma educação que valoriza a memória ambiental e a construção coletiva de futuros desejáveis para os territórios.

  • Síntese: A EAC oferece um referencial para compreender a educação como um processo geo-histórico, onde as relações entre sociedade e natureza são construídas e transformadas ao longo do tempo e no espaço.

3. CONCLUSÃO

  • Reafirmação da indissociabilidade das dimensões geo-históricas na educação e na formação de cidadãos conscientes.

  • A EAC como abordagem essencial para desvelar as complexas interconexões entre espaço, tempo, sociedade e natureza.

  • A contribuição dos autores da EAC para uma pedagogia que promove a reflexão crítica sobre as construções geo-históricas que moldam o presente.

  • A educação como ferramenta para a transformação das realidades socioambientais, a partir do reconhecimento da historicidade e territorialidade dos problemas.

  • A construção de sociedades justas, equitativas e em harmonia com o ambiente exige uma educação que integre plenamente as dimensões geo-históricas.


Acesse o texto completo no link a seguir: Texto Completo


*Mestre e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas) da Universidade Federal do Rio Grande; Especialista em Educação Ambiental; Licenciado em Pedagogia; Bacharel e Licenciado em História; Tecnólogo em Educação Social; Estudante do curso de Especialização Latu Sensu em Educação Especial e Inclusiva na Uninter | Historiador com registro profissional no Ministério da Economia; Pedagogo com inscrição no Conselho Federal de Educadores e Pedagogos; Pesquisador de temáticas transversais relacionadas à Educação Ambiental (Área: Educação; Grande Área: Ciências Humanas).

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